A noite que passou assisti à morte de uma menina de 5 meses.
Não havia nada que remediasse a situação. Nada que a pudesse adiar. Ficámos a olhar para o monitor até que aparecessem as tão afamadas linhas horizontais em todos os parâmetros.
E ficámos mais um pouco depois disso. Cada uma de nós a resolver aquela morte dentro de si.
E a minha chefe lá. Ao lado do berço. De mão dada com o bebé.
E a minha chefe lá. Para a pegar ao colo, quando um pai desesperado entrou de rompante no serviço.
E a minha chefe lá. Depois de tudo. Para dar banho e vestir a roupa mais bonita que existia na unidade. Collants com flores cor de rosa a condizer com o vestido de algodão.
Ela esteve lá. Eu não estive. Fugi para o meu mundinho com o baloiço e a geribera. E fiquei lá até agora. Agora decidi chorar.
Foram anos. Coração a comandar de cada vez que sentia a tua presença. Podia ser uma foto, um postal ou simplesmente um amigo a usar o mesmo perfume.
Foram anos. Vivemos um para o outro, mas não vivemos para “nós”. Enfrentámos o mundo e as suas críticas. Provámos a todos que estavam errados e que o “sonho comanda a vida”.
Foram dias aqueles em que estivemos de bem connosco. Em que não tivemos necessidade de justificar o que sentíamos. E quando já não havia contradições, a rebeldia passou. E com ela foi o nosso conceito de “nós”.
Foram meses os que esperei que voltasses e trouxesses contigo o tempo perdido. Foram meses em que não consegui ouvir aquelas músicas, não consegui ir àqueles sítios…
Foram meses a pensar que se surgisses do nada eu iria fraquejar como tantas vezes, para depois ficar enrolada em mim mesma, com as nossas recordações a amordaçar-me a alma.
Ontem, quando te vi encostado à ombreira da porta não senti nada. Fiquei à espera do formigueiro, da falha na voz ou simplesmente de corar. Quando te vi ali encostado com o sorriso de quem espera o impossível, percebi que tenho o coração entregue em outras mãos e que tu não provocaste sequer uma brisa no horizonte.
Foram anos. Vivemos um para o outro, mas não vivemos para “nós”. Enfrentámos o mundo e as suas críticas. Provámos a todos que estavam errados e que o “sonho comanda a vida”.
Foram dias aqueles em que estivemos de bem connosco. Em que não tivemos necessidade de justificar o que sentíamos. E quando já não havia contradições, a rebeldia passou. E com ela foi o nosso conceito de “nós”.
Foram meses os que esperei que voltasses e trouxesses contigo o tempo perdido. Foram meses em que não consegui ouvir aquelas músicas, não consegui ir àqueles sítios…
Foram meses a pensar que se surgisses do nada eu iria fraquejar como tantas vezes, para depois ficar enrolada em mim mesma, com as nossas recordações a amordaçar-me a alma.
Ontem, quando te vi encostado à ombreira da porta não senti nada. Fiquei à espera do formigueiro, da falha na voz ou simplesmente de corar. Quando te vi ali encostado com o sorriso de quem espera o impossível, percebi que tenho o coração entregue em outras mãos e que tu não provocaste sequer uma brisa no horizonte.
Foram anos a pensar que nunca te iria resolver. Foram precisos dois minutos para perceber que “tu” és um assunto completamente resolvido.
Eu - "Então e o 11? Quem é que me passa o 11?"
J. - "Eu não."
Eu - "Oh C. tens de me passar o 11.""
C. - "Eu não!"
Eu - "Mau! Mas quem é que me passa o 11? Com certeza alguém ficou com ele de manhã..."
Ou então não!!!
P'ra ti, porque sei que gostas!
Fica registado que, daqui em diante, só aceito convites para festas de anos em que o grau alcoólico máximo de qualquer bebida seja equivalente ao do:
Só quebro a promessa se não trabalhar no dia seguinte!!!
Cenário: 10h, frente ao El Corte Inglês.
Saio do carro e logo ao meu lado surge uma senhora de etnia cigana. Aborda-me com a desculpa da roupa para vender mas sussurra-me "entre dentes" que me lê a sina. Recuso ambas as coisas e dirijo-me para o parquímetro para retirar o ticket.
A senhora segue-me. Diz que nem preciso de esticar a mão. Duas mulheres querem-me muito mal: "uma mais velha outra mais nova" (vá... não tentei fazer ver à senhora que isso das idades era óbvio e natural). Ignoro.
Mais dois passos e a senhora reza mais para ela do que para mim: "fez uma compra há pouco tempo que deu que falar" e acrescenta com ar sábio, "é inveja, sabe"! Ainda pensei dizer à senhora que não tenho dinheiro para comprar o que quer que seja que dê que falar, mas abstive-me de comentários.
Como mantive o silêncio e o ritmo da caminhada, a dita senhora decidiu enveredar por um caminho diferente: "vai ser mãe de um casal"!!! Parei, olhei para a criatura - 20cm abaixo do meu nível dos olhos - e disse-lhe: "não me interessa o sexo das crianças, interessa-me a cor"!!! Logicamente a senhora não percebeu e atacou por outra vertente: "ah!!! A menina deu entrada no hospital há pouco tempo"!
Isso fez-me rir! Respondi-lhe baixinho: "tem razão. Entrei ontem às 22h para ir fazer noite!"
Agora, tenho a sensação que para além da sina lida, tenho também umas "pragas rogadas"!
Reparem no ar de descrença inicial.
Reparem nos pequenos sorrisos que vão surgindo desde o público até aos elementos do júri.
E, se forem como eu, reparem no vosso próprio sorriso no final!
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