...de uma sms dia 27/04/2007, às 19h57m:
"tenho saudades tuas"... "keria diferente desta vez"... "adoro-te!"
Como não respondi, apetece-me responder-te agora, bem baixinho para que mais ninguém oiça:
ESPEREI TANTO ESTA SMS!!!
SÓ TENHO PENA QUE VENHA COM 2 ANOS DE ATRASO!
Ninguém merece!!!
- Adoro passear contigo por todo o lado e "babo-me" quando dizem que és lindo (mesmo sabendo que és).
- Adoro quando adormeces ao meu colo.
- Adoro quando diz "tiá" e ficas à espera do meu abraço.
- Adoro esse sorriso!
- Amo-te!
Hoje, pela primeira vez, usei um colete reflector!
Foi tal qual imaginei: eu e ele, num dia de sol, em plena A1, com camiões desvairados passando ao lado e carros a uma velocidade estonteante!
O único problema é que - este belo colete - não me fica bem e, pior ainda, em nada condizia com o meu fato-de-treino rosa-choque!
Mas juro que enquanto por ali estive ninguém se despistou, encandeado com a beleza de semelhante vestimenta.
Olha que ele há vergonhas... que ninguém merece!
... a fazer uma "revisão de sentimentos"!
Entrei aos 5 anos na escola. Não foi de livre vontade, mas segundo consta até não me dei mal. Lembro-me (até porque todos os Domingos lá passo) que na escola existiam pneus em volta das árvores, local onde passávamos os intervalos. Tinha preferência pelas contas (era inteligente, na altura) e troquei de professora todos os anos. Portanto, aqui em nada fui beneficiada.
Aos 9 anos entrei para o 5º ano e fui exemplar. O mesmo não se pode dizer do 6º ano! Nesta fase pensei em ser rebelde, para dar nas vistas sem ser por ter 10cm a mais (em todas as direcções) que os outros alunos da turma! Lembro-me, pelas piores razões, que a minha directora de turma tinha o nome da minha mãe e era professora de ciências. Também não fui beneficiada em nada. Aliás, gostaram tanto de mim que me "recambiaram" de escola que foi "um mel".
Já 7º, 8º e 9º anos foram, como manda a tradição, "na paz do Senhor". Uma escola "novinha" só para nós e professores, esses sim, a darem o beneficio da dúvida. Preocupados com os nossos problemas pessoais, acompanharam-nos os 3 anos, fazendo já parte da "família". Tenho imensos testes dessa altura, porque havia a tendência a serem acima dos 90% (e isso guarda-se até ao fim dos nossos dias)! Portanto aqui, se quiserem investigar têm algum substrato por onde começar mas, como não duvido das nossas capacidades, não vão conseguir ir muito longe. Só para que se saiba... na minha turma encontrava-se o melhor aluno da escola, que para além de cromo era giro. As miúdas todas estudavam a dobrar só para ver se davam nas vistas, nem que fosse pela tentativa.
Depois desmoronou-se tudo. Aqui a miúda escolhe "científico-natural" no 10º ano e volta a ficar sozinha porque mais ninguém da turma se aventurava nas matemáticas!!! Os profs não nos ligavam muito (nem pouco, antes pelo contrário). Não considero que aqui tenha sido beneficiada em grande coisa, a não ser na prova global de TLB de 12º ano. Tenho de admitir que já conhecíamos a prova. E juro que tentei não tirar 20, mas foi mais forte que eu! Mas como não conhecíamos os exames nacionais, de nada serviu, para a média, o 20 a TLB.
Aos 17 anos entro na universidade pela primeira vez e, como nunca sei o que quero, entrei para o primeiro curso que surgiu e para a primeira universidade que apareceu. Quis Deus que fosse uma universidade privada e que os meus pais tivessem dinheiro para as propinas todos os meses. O curso chamava-se "Engenharia biotecnológica" e durei lá uma semana, só até ter a primeira aula de física ou química, já não sei bem. Como ainda estávamos em altura de colocações pedi logo transferência para um outro curso, com um nome bem menos pomposo "Ciências da Comunicação e da Cultura". Quis o Diabo que me apaixonasse pelo primeiro tipo que me apareceu à frente. E lá fiquei. Sem o tipo, mas a fazer um curso que me deu um prazer alucinante - Audiovisuais e multimédia.
Mas é aqui que entra a minha "não relação" com indivíduos que podiam dar-me o curso em "menos de um fósforo". Nunca embirrei com prof nenhum em 15 anos de escola, até que consegui "embater frontalmente" com aquele que, só por acaso, para além de regente do meu curso era filho do reitor da universidade.
Ora, 4 anos de curso deitados fora! E isto multiplicado por +/- 50 contos por mês de propinas, saiu-me demasiado caro. Mas antes assim que ficar lá mais 4 anos e não conseguir a licenciatura na mesma!
Em 2003, entro finalmente no meu curso de "vocação". E está a acabar. Nos 4 anos previstos e sem benefícios de parte alguma. Mas com os melhores amigos que se pode ter!
Espero apenas que me dêem a licenciatura e que não me passem o diploma ao Domingo!!!
S. (como quem não quer a coisa) - "Madrinha, o L.?"
Eu (agarro as suas mãozinhas e baixo-me ao nível dela) - "S., eu e o L. já não namoramos, sabes isso não sabes?"
S. (olhando para a sua saia de balão) - "Ah... Mas ele tá bem?"
Eu (com a maior calma que consigo) - "Está óptimo!"
S. (olha para mim) - "Então e nós?"
Eu (levantando ligeiramente a voz) - "Nós o que, S.?"
Ela olha para o chão. Parece que procura as palavras certas.
S. (a medo volta a olhar-me nos olhos) - "...eu fiz um ovo para ele..."
Eu (derrotada) - "Oh bebé!!!"
Apaixono-me pelo sorriso, pelas mãos, pelo toque.
Sou de amores difíceis!
Vivo com o meu amor resguardado do tempo e do pó.
Apaixono-me pelos carros, pelos outdoors e pelos tlm!
Amo aquilo de que não falo, para que não se desgaste na voz.
Apaixono-me pelo olhar, pelo cheiro, pelo humor…
Amo o que me pertence e o que deixei escapar.
A paixão é efémera e pode durar um instante ou dois. O amor vem para ficar!
Preferia a paixão. O imediato. O agora.
Mas começa a fazer-me falta “aquele amor”. Aquele que me faria cometer a loucura de pensar que 1+1=3…
Tenho dito!
Vem...
sem perguntas,
sem respostas!
Vem...
pelo gosto,
pelo toque.
Fica...
pela paixão,
pelo prazer!
Não vás...
quero dizer-te "bom dia"!
Eu: 'tão xau e obrigada.
S.: Xau. Agora tiro férias de ti durante uma semana. Possa, é que é uma agonia...
Eu: Ah, pois é...
Entro no meu carro.
Silêncio.
Eu: Doeu-me!
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