Escrito por Pressão |

5ª feira, 17h24m, toca o telefone na residência aqui da miúda.

Sim – atendo, acabada de acordar porque tinha feito noite.
“ ” (silêncio do outro lado)
Sim – repito eu mais alto, não fosse a minha enfª a precisar de alguma coisa.
“s… to” – grunhe, imperceptivelmente, a pessoa do outro lado.
Abano a cabeça e preparo para desligar, quando começo a juntar as letras:
“Fa-fa-la-la da sa-po”!

Epá, um questão, assim como não quer a coisa e não sendo má, mas racionalizando as coisas: Quem é que se lembra de colocar um gago na assistência telefónica de qualquer empresa? Só pode ter sido a mesma pessoa que coloca uma enfermeira com um défice auditivo acentuadíssimo numa unidade de cuidados intensivos!

“Que maçada”, pensei eu. Não vou despachar o homem, preciso deste assunto resolvido.

5ª feira, 17h46m, desligo o telefone, depois do monólogo mais estranho que alguma vez ouvi, mas com o assunto “SA-PO” resolvido!

P.S. - Vamos esclarecer… Tenho fama de ser frontal e não aturar fretes. Grande treta!

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