Ela chegou.
Deitou-se no sofá com o espírito vazio.
Queria que o frio se apartasse da sua vida ou, em último recurso, da sua alma.
Suspirou.
Imaginou um roçar de lábios, com ele…
Conseguiu ouvir a sua respiração entrecortada.
Conseguiu sentir o cheiro dele penetrar na sua carne.
E, sem tomar alento, sem distinguir o real da fantasia, agarrou-o. Beijou-lhe a orelha e desceu até ao pescoço, enquanto as suas mãos exploravam a pele para além da camisola.
Segurou-se a ele com medo que o sonho se desvanecesse. Mas, quando as mãos dele encontraram o seu decote, ela relaxou. Sonho nenhum se equipara àquele toque, sonho nenhum consegue aquecer-lhe o corpo e a alma, sem artimanhas.
E ela procurou a sua boca e deixou de estar frio, e de existir alma ou vida lá fora…
Deitou-se no sofá com o espírito vazio.
Queria que o frio se apartasse da sua vida ou, em último recurso, da sua alma.
Suspirou.
Imaginou um roçar de lábios, com ele…
Conseguiu ouvir a sua respiração entrecortada.
Conseguiu sentir o cheiro dele penetrar na sua carne.
E, sem tomar alento, sem distinguir o real da fantasia, agarrou-o. Beijou-lhe a orelha e desceu até ao pescoço, enquanto as suas mãos exploravam a pele para além da camisola.
Segurou-se a ele com medo que o sonho se desvanecesse. Mas, quando as mãos dele encontraram o seu decote, ela relaxou. Sonho nenhum se equipara àquele toque, sonho nenhum consegue aquecer-lhe o corpo e a alma, sem artimanhas.
E ela procurou a sua boca e deixou de estar frio, e de existir alma ou vida lá fora…
5ª feira, 17h24m, toca o telefone na residência aqui da miúda.
Sim – atendo, acabada de acordar porque tinha feito noite.
“ ” (silêncio do outro lado)
Sim – repito eu mais alto, não fosse a minha enfª a precisar de alguma coisa.
“s… to” – grunhe, imperceptivelmente, a pessoa do outro lado.
Abano a cabeça e preparo para desligar, quando começo a juntar as letras:
“Fa-fa-la-la da sa-po”!
Epá, um questão, assim como não quer a coisa e não sendo má, mas racionalizando as coisas: Quem é que se lembra de colocar um gago na assistência telefónica de qualquer empresa? Só pode ter sido a mesma pessoa que coloca uma enfermeira com um défice auditivo acentuadíssimo numa unidade de cuidados intensivos!
“Que maçada”, pensei eu. Não vou despachar o homem, preciso deste assunto resolvido.
5ª feira, 17h46m, desligo o telefone, depois do monólogo mais estranho que alguma vez ouvi, mas com o assunto “SA-PO” resolvido!
Sim – atendo, acabada de acordar porque tinha feito noite.
“ ” (silêncio do outro lado)
Sim – repito eu mais alto, não fosse a minha enfª a precisar de alguma coisa.
“s… to” – grunhe, imperceptivelmente, a pessoa do outro lado.
Abano a cabeça e preparo para desligar, quando começo a juntar as letras:
“Fa-fa-la-la da sa-po”!
Epá, um questão, assim como não quer a coisa e não sendo má, mas racionalizando as coisas: Quem é que se lembra de colocar um gago na assistência telefónica de qualquer empresa? Só pode ter sido a mesma pessoa que coloca uma enfermeira com um défice auditivo acentuadíssimo numa unidade de cuidados intensivos!
“Que maçada”, pensei eu. Não vou despachar o homem, preciso deste assunto resolvido.
5ª feira, 17h46m, desligo o telefone, depois do monólogo mais estranho que alguma vez ouvi, mas com o assunto “SA-PO” resolvido!
P.S. - Vamos esclarecer… Tenho fama de ser frontal e não aturar fretes. Grande treta!
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